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quarta-feira, 30 de maio de 2012

CERÂMICAS BUSCAM SUSTENTABILIDADE ATRAVÉS DA INOVAÇÃO.


A instalação de tetos móveis nos fornos das indústrias que fabricam os produtos cerâmicos traz benefícios. As estruturas tanto podem servir para aquecer fornos vizinhos quanto para secar telhas. Já a utilização do ar pressurizado otimiza a combustão da lenha, enquanto a mistura de serragem com argila proporciona uma economia de até 20% para as fábricas. Essas são algumas das soluções capazes de aumentar a produção de peças com qualidade e, principalmente, de minimizar o consumo de lenha. As alternativas e inovações tecnológicas para tornar a indústria ceramista mais competitiva de forma sustentável entram em debate na próxima quinta-feira (31), em Parelhas, durante o Seminário da Indústria de Cerâmica Vermelha no Seridó.
No Rio Grande do Norte, existem 186 empresas nesse setor em atividades, 53% delas estão no Seridó, região que apresenta forte tendência ao processo de desertificação em função dos desmatamentos. “Esse evento é importante porque, nessa região, estão concentradas as cerâmicas com os menores índices de adoção da tecnologia no processo produtivo. Queremos mudar esse quadro, levando informação e capacitação”, explica a gestora do projeto da Cerâmica Vermelha no Sebrae-RN, Luana Betícia Oliveira.
A gestora refere-se aos empreendimentos que ainda mantêm fornos caipiras, aqueles mais rudimentares e que consomem mais lenha. As estruturas ainda persistem devido aos custos. Enquanto a implantação do forno redondo custa cerca de R$ 80 mil, o caipira requer um investimento bem menor, R$ 30 mil. Porém, há um preço a pagar pela adoção dessa tecnologia primitiva. Apenas 2% das telhas produzidas nesses fornos são de boa qualidade e o percentual de telhas quebradas e com defeitos pode chegar a até 20%. Em fornos de melhor qualidade, os produtos de primeira linha margeiam 15%.
Dados como esses, que relacionam eficiência e custos, serão apresentados pelo representante do INT, Mauricio Henrique, que integra o programa de Eficiência Energética em Ladrilleras (EELA), que, em português, significa ‘Eficiência Energética em Cerâmicas de Pequeno Porte’. O programa é todo custeado pelo governo suíço, através da Swiss Foundation for Technical Cooperation (Swiss Contact), e envolve sete países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru.
O evento, que será realizado na sede da AABB, é uma iniciativa do SEBRAE no Rio Grande do Norte e do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), com o apoio do SENAI-RN, Banco do Brasil, Associação dos Ceramistas do Vale Carnaúba (ACVC), Associação dos Ceramistas do Seridó (ACESE), Sindicato da Indústria de Cerâmica para a Construção do RN (Sindicer) e prefeitura de Parelhas.

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